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O que estudar para entender de investimentos?

Para ganhar dinheiro com os investimentos a pessoa precisa conhecer o mercado e ter experiência.

Além dos ativos e do contexto do mercado, o investidor precisa ter noções de fundamentos e relacionar a função que alguns indicadores exercem sobre o mercado, como a inflação, juro, PIB entre outros.

Conhecer tudo isso só é possível através do estudo e da experiência. Portanto, descubra o que estudar para entender de investimentos?

Perfil do investidor para investimentos

Antes de qualquer coisa, o investidor precisa compreender um pouco mais sobre si mesmo. Com o intuito de evitar frustrações logo no início, o investidor deve conhecer o seu perfil.

Existem três tipos de perfil de investidor, eles são:

Conservador

O investidor conservador é aquele que não tem tolerância a perdas e gosta de ver o seu dinheiro sempre crescendo. Além da rentabilidade, o investidor gosta de ter a opção de resgate a qualquer momento. Portanto, o risco e prazos longos para resgate não são as prioridades aqui.

Moderado

Aquele considerado moderado é um investidor que possui mais tolerância ao risco e vai conviver com a volatilidade do mercado. Mas, a porcentagem do patrimônio em renda variável será mínima.

Estamos falando de um investidor que dificilmente investirá diretamente em ações, mas vai ter cotas de fundos de ações, por exemplo.

Arrojado

Por último, o investidor de perfil arrojado é aquele que tem gosto pelo risco e possui visão de longo prazo.

Portanto, é um investidor que não espera utilizar os recursos investidos no curto prazo e pretende correr mais riscos no curto prazo a fim de ser recompensado no longo prazo.

O que é renda fixa e variável?

Depois de conhecer qual perfil de investidor mais se aproxima do seu, chegou a hora de conhecer mais sobre a renda fixa e variável.

A renda fixa são os investimentos que possuem previsibilidade nos rendimentos. Ou seja, o CDB que vai lhe pagar 13% ao ano, tem previsibilidade de rendimento. O investidor já sabe de antemão que vai receber 13% ao ano, caso invista em tal título.

A mesma coisa acontece com as letras do Tesouro que vai lhe remunerar em 100% da Selic por ano. Se a taxa Selic está em 13,75% ao ano, isso significa que a rentabilidade da letra será de 13,75% ao ano (caso a taxa de juro caia ai a letra também vai render menos, mas se o juro subir a rentabilidade vai acompanhar a alta também).

Na renda variável, a previsibilidade não existe. Ao comprar ações, ou fundos imobiliários, ETF, BDRs, opções e mais produtos, não há uma previsibilidade de como será o rendimento, ou se ele mesmo existirá.

Por outro lado, são os investimentos de renda variável que podem entregar as maiores rentabilidades na carteira do investidor.

Enquanto um CDB atrelado a 100% do CDI rendeu ao longo de cinco anos 33,49%, o investimento em Bitcoins rendeu, no mesmo período, 786%. É muita diferença.

A relação do CDI, IPCA, Selic nos investimentos

Mas porque a taxa de juro sobe? Qual é o efeito da inflação sobre os investimentos? E o CDI, o que é?

Tudo isso deve ser conhecido pelo investidor, caso ele queira buscar os melhores retornos em sua carteira.

Então vamos começar pela taxa Selic. A taxa básica de juro é determinada pelo Banco Central. Em reuniões que ocorrem de 45 a 45 dias, o BC decide se vai alterar a Selic ou permanecer com ela no mesmo patamar.

Acompanhar as decisões do BC é muito importante para conhecer se a taxa de juro vai, ou não, subir. Se subir, os investimentos atrelados a ela, como o Tesouro Selic, vão oferecer rendimentos maiores. Em caso de corte do juro, aí haverá queda na rentabilidade.

Além de acompanhar se haverá aumento ou redução, há as expectativas para o juro. Saber se o BC pretende aumentar mais, ou reduzir, é importante para alinhar sua estratégia de curto e médio prazo.

A taxa CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é uma taxa utilizada pelos bancos para cobrar os empréstimos que uma instituição faz com outras.

Constantemente, bancos e demais instituições financeiras emprestam dinheiro, umas às outras. Com o CDI, elas têm condições de cobrar uma remuneração por isso, sendo que o CDI também é utilizado para remunerar o investidor pessoa física quando compra um CDB, ou outro investimento do banco.

Normalmente, o CDI acompanha de perto as oscilações da Selic, portanto, quando a Selic sobe o CDI tende a subir também, mesma coisa acontece quando há um corte, ou mesmo a manutenção.

Então, se o juro no país está em alta, títulos como o Tesouro Selic, o CDB atrelado ao CDI, LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) atrelados ao CDI tendem a acompanhar tal rentabilidade.

Por fim, temos o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) que é um índice que mede a inflação do Brasil. Esse índice é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Quando o IPCA está em alta, é bem provável que a Selic suba para restringir o consumo e assim, frear o aumento dos preços.

Já quando o IPCA está em queda, é sinal que a atividade econômica está esfriando, exigindo o corte do juro para impulsionar o crédito e levantar a atividade.

Ganho real

Outro ponto importante sobre a inflação é na hora de determinar se os seus investimentos estão lhe gerando ganho real.

Por exemplo: vamos supor que um CDB prefixado está lhe rendendo 9% ao mês, mas a inflação medida pelo IPCA está em 10% ao ano, se ambos os indicadores permanecerem assim ao longo de um ano, o investidor do CDB  não terá ganho real.

Como a rentabilidade era de 9% ao ano e a inflação ficou em 10%, houve uma perda de 1%. Para conseguir um ganho real, o investidor deve descontar a inflação e ainda ter rentabilidade. 

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